Com jeitão nipo-brasileiro: Aruko Brasil, uma das novas forças do futebol profissional no Paraná
No primeiro capítulo da série especial do CORREIO, conheça o Aruko Brasil, equipe maringaense criada em 2020, mas que se filiou à Federação Paranaense de Futebol (FPF) neste ano. Junto com Laranja Mecânica, Patriotas FC e Guarapuava FC, o Samurai Black surge como um dos caçulas do futebol profissional do Paraná
Do final de 2020 para cá, o torcedor paranaense acompanhou o surgimento de novos clubes no futebol paranaense. São ao menos três que se filiarem à Federação Paranaense de Futebol (FPF): Aruko Brasil, Laranja Mecânica e Patriotas FC; além do Guarapuava Futebol Clube.
Os novos filiados passaram a ter o direito de participar dos campeonatos profissionais e de categorias de base, patrocinados pela FPF. Se todos eles resolverem disputar a 3ª Divisão em 2021, por exemplo, o campeonato terá uma renovação brutal, com caçulas em quantidade semelhante aos veteranos.
Diante dessa mudança, a série especial “Novas Forças” busca entender melhor os atores do futebol profissional no Estado. Ainda mais porque esses novos filiados podem ser adversários da Associação Atlética Batel, um dos representantes de Guarapuava, na temporada de 2021.
O primeiro deles na série é o Aruko Esportes Brasil, clube maringaense filiado em 27 de janeiro de 2021, conforme o Ato da Presidência nº 04/2021. Mas essa agremiação foi fundada em 18 de dezembro de 2020 na modalidade de clube-empresa. Com influência japonesa, é também conhecido como Samurai Black.
Em entrevista ao CORREIO, o diretor de Comunicação do Aruko, Douglas Mattos, conta que a ideia do clube surgiu a partir de uma iniciativa de Alex Santos, ex-jogador de futebol com duas Copas do Mundo no currículo (defendendo o Japão, em 2002 e 2006). “Foi uma ideia dele e do grupo de empresários que já patrocinavam as equipes de base. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Maringá FC”, diz Mattos.
Aliás, o Aruko surgiu do zero, a partir do método do Instituto Alex Santos. “Ainda não tem clube no Japão, haverá ainda esse ano, núcleos de formação no país do Sol Nascente com a nossa metodologia”, diz Mattos, explicando que a palavra “Aruko” significa, para o grupo de empresários japoneses, “caminhar ao lado”.
INVESTIMENTOS
Douglas Mattos revela que o investimento financeiro até aqui no Aruko é 100% estrangeiro (japonês). Mas, a partir deste ano, o clube definirá o modelo de negócio com o Aruko Group Japan, que irá manter um patrocínio para os projetos de formação (IAS) e será o responsável pela gestão do departamento profissional do clube na 3ª Divisão do Paranaense em 2021.
Inclusive, o fato de ser um clube-empresa representa, na prática, que a agremiação terá uma gestão profissional. “Não teremos pessoas ‘indicadas’ para o trabalho, serão profissionais contratados para realizar as ações necessárias para conquistarmos os objetivos, dentro e fora de campo”, diz o diretor de Comunicação.
Segundo ele, o Aruko será um clube formador com a chancela da CBF e na briga por títulos. “Aqui, todos nós somos amantes do futebol (vivemos nesse ambiente desde que nascemos, principalmente o Alex e eu), detestamos perder, o torcedor pode esperar uma equipe aguerrida, com excelente preparo físico, tático e técnico”.
ELITE
Segundo Mattos, o Aruko pretende disputar a 3ª Divisão do Paranaense em 2021. E, na base, todas as categorias que a FPF realizava até o ano de 2019: Sub-15, Sub-17 e Sub-19. “Nosso objetivo é estar na elite do futebol estadual em 2023”.
Por enquanto, os uniformes e produtos licenciados ainda estão em fase de desenvolvimento. Mas o clube maringaense utiliza as cores preto, branco e dourado.
Já a mascote é o Samurai Black. O diretor explica que, na Seleção Japonesa, os atletas são conhecidos como Samurai Blues. “Por conta dos valores dessa casta no Japão que tem na justiça, coragem e respeito seus principais valores, os quais trabalharemos no dia a dia, desde a nossa categoria Sub-7”.
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