Prefeito de Guarapuava diz que situação do sistema de saúde é caótica no Estado

Celso Góes aproveitou para pedir que a população de Guarapuava continue utilizando máscara, álcool gel, mantendo o distanciamento social. Uma nova cepa do coronavírus, ainda mais virulenta e perigosa, circula pela cidade. “O vírus está no pior pico da pandemia”

Em sintonia com o contexto paranaense, a Prefeitura de Guarapuava reforçou ao final da tarde desta sexta-feira (26) o novo decreto estadual que restringe a circulação de pessoas em um cenário crítico de Covid-19. Pela manhã, o governador Carlos Massa Ratinho Jr. havia anunciado o documento.

Segundo o prefeito de Guarapuava, Celso Góes, a situação do sistema de saúde no Estado é caótica e está muito perto do colapso. “Temos de seguir à risca a determinação do governador Ratinho Jr.”, destacando que é importante respeitar as restrições dos próximos nove dias.

O prefeito também deixou claro que não se trata de um “lockdown”, pois as atividades essenciais (mercados, farmácias etc.) continuarão em funcionamento. Somente as funções não essenciais é que serão suspensas.

Inclusive, a medida foi tomada em todo o Paraná para unificar as ações restritivas e, com isso, oxigenar o sistema de saúde. Nesse sentido, o governo estadual tem mantido diálogo com todos os municípios.

Góes aproveitou para pedir, durante a transmissão da live, que a população de Guarapuava continue utilizando máscara, álcool gel, mantendo o distanciamento social. Uma nova cepa do coronavírus, ainda mais virulenta e perigosa, circula pela cidade. “O vírus está no pior pico da pandemia”.

Presente ao evento, o secretário municipal de Saúde, Jonilson Pires, destacou que se trata de um “um momento delicado, crítico”. Por isso, essas ações mais duras são para evitar o colapso do sistema. “Temos muitas dificuldades em leitos”, informando que a região de Guarapuava está em alerta vermelho.

Aliás, a demanda aumentou. Nesta sexta-feira (26), o número de novos casos em Guarapuava bateu o recorde em único dia: 182. Desse número, tem-se 11 casos coletados dia 19/02/2021; 2 casos coletados dia 21/02/2021; 43 casos coletados dia 22/02/2021; 19 casos coletados dia 23/02/2021; 39 casos coletados dia 24/02/2021; 50 casos coletados dia 25/02/2021; 18 casos coletados dia 26/02/2021.

ESTADO
Devido à súbita elevação dos índices relacionados à doença, com a proximidade de um estrangulamento no sistema público de saúde, o governador Carlos Massa Ratinho Jr. determinou nesta sexta-feira (26), entre outras ações, a suspensão do funcionamento dos serviços e atividades não essenciais em todo o Estado e a ampliação na restrição de circulação das pessoas, que passa a ser entre às 20h e às 5h.

O decreto número 6.983/2021 entra em vigor à 0h deste sábado (27) e tem validade até as 5h do dia 8 de março, podendo ser prorrogado ou não, a depender do comportamento da pandemia no território paranaense durante o período. “É um momento delicado, em que precisamos tomar medidas mais duras para conter a contaminação da Covid-19. Precisamos do apoio de todos os municípios para vencermos mais essa batalha, em nome da saúde dos paranaenses”, afirmou Ratinho Jr.

LEITOS
Ratinho Junior afirmou nesta sexta-feira (26) que o Governo do Paraná ativará até o próximo dia 1º de março novos leitos para atendimento exclusivo da Covid-19, chegando a 258 em apenas uma semana. A medida, também emergencial, leva em consideração o quadro da pandemia no Estado e o aumento nos internamentos e na fila de espera. São 99 leitos de UTI, 153 leitos clínicos e 6 de estabilização disponibilizados em todas as regiões.

“O Governo do Estado faz neste momento um grande esforço de frear o avanço da Covid-19 e entre as várias ações está a liberação de mais leitos, o que só foi possível com articulação e alinhamento junto às instituições de saúde públicas e filantrópicas e os municípios”, disse o governador Ratinho Junior. Nesta semana, o Paraná atingiu o maior número de internações em UTI desde o início da pandemia. A ocupação de leitos está em 94% no Estado.

*********Confira aqui a íntegra do Decreto 6983/2021

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