‘Luis Felipe Manvailer errou, mas ele não matou’, diz advogado de defesa

À imprensa nesta quinta (6), antes do início da terceira sessão do julgamento, Claudio Dalledone Jr. voltou a dizer que houve quebra na cadeia de custódia do laudo de necropsia feito pelo IML

O julgamento do ex-professor Luis Felipe Manvailer, acusado de matar a advogada guarapuavana Tatiane Spitzner em 2018, entrou em seu terceiro dia nesta quinta-feira (6). O júri popular começou na terça (4).

Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), o réu foi denunciado por homicídio qualificado (feminicídio, motivo fútil e morte mediante asfixia) e fraude processual (por ter removido o corpo da vítima do local da queda e limpado vestígios de sangue deixados no elevador).

Antes do início da sessão, o advogado de defesa, Claudio Dalledone Jr., atendeu a imprensa e voltou a dizer que “Luis Felipe Manvailer errou, mas não matou”. Ele também sustenta que houve quebra da cadeia de custódia e que o exame de necropsia “não tem nenhum valor”, referindo-se ao documento do Instituto Médico-Legal (IML). Para o advogado, a ida e a volta do corpo à funerária “inviabilizou o exame”.

“Foi feita a tanatoconservação, retirado todo o sangue e infiltrado os agentes conservadores. O corpo foi levado ao IML, foi periciado e foi liberado. Na declaração de óbito, no atestado de óbito, registram isso. E depois foi para a funerária”, disse Dalledone Jr.

ACUSAÇÃO
Em nota encaminhada antes do início do júri popular, o assistente de acusação e representante da família de Tatiane, Gustavo Scandelari, afirmou que a expectativa é de uma condenação com pena alta.

“A expectativa da família é a mesma, ou seja, de um veredicto condenatório pelos cidadãos guarapuavanos e de que a pena que irá ser aplicada pelo juiz seja proporcional à gravidade dos fatos, ou seja, uma pena alta. Não tem como ser diferente disso”, afirma Scandelari. “Estamos torcendo para que dessa vez, finalmente, o júri saia, após três adiamentos, e que nada ocorra para que seja adiado”, complementa.

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