Autor de latrocínio é preso enquanto nadava no Parque do Jordão

O homem que matou o jovem Eduardo Mateus Moresco (23 anos) foi preso nesta segunda-feira (8). O delegado da Polícia Civil, Alysson Henrique de Souza, deu detalhes das investigações em coletiva realizada na manhã desta terça (9)

A Polícia Civil de Guarapuava prendeu na tarde de segunda-feira (8) o indivíduo que matou o jovem Eduardo Mateus Moresco (23 anos) em uma república do bairro Vila Carli, próximo ao campus Cedeteg da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

Por volta das 2h30 de segunda, um homem entrou na residência, anunciou o roubo e, sem qualquer tipo de reação por parte da vítima, desferiu um golpe de faca em seu peito.

O delegado Alysson Henrique de Souza concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (9) e contou como a equipe de investigadores chegou até o autor do latrocínio.

Conforme a polícia, logo após o crime, diligências começaram a ser realizadas. Na manhã de segunda, as vítimas do roubo foram ouvidas e, na tarde, os demais moradores da república. Segundo o delegado, a Polícia Civil recebeu informações sobre os suspeitos e, no final da tarde, sobre a localização do acusado do crime.

“As equipes desceram até o Parque do Jordão e, por incrível que pareça, o autor do latrocínio se encontrava com os familiares de forma bem tranquila, sem esboçar qualquer tipo de remorso com que tinha feito”, disse.

Após a abordagem, os investigadores passaram a conversar com o indivíduo que, a princípio, negou que tivesse saído de casa no domingo à noite. Porém, conforme o delegado Alysson, a esposa do mesmo deu a entender que ele não estava na residência no horário em que Eduardo foi morto.

O rapaz usava tornozeleira eletrônica e já foi condenado por tráfico de drogas, além de ter passagem por outros crimes.

Delegado aponta que o autor está detido na 14ª SDP e pode pegar de 20 a 30 anos de prisão pelo crime de latrocínio (Foto: Douglas Kuspiosz/Correio)

PROVAS
A equipe se deslocou com o suspeito até a sua casa no bairro Paz e Bem. Lá, encontrou as roupas usadas no assalto seguido de morte, dentro de um tanque.

“Essa roupa foi recolhida e foi feito o comparativo das imagens que foram colhidas pela equipe de investigação de residências e de um estabelecimento comercial próximo ao local do fato”, explicou, reiterando que o homem não confessou o crime, mas mudou a versão quando percebeu que a polícia já sabia ser ele o autor. “Ele falou que saiu de casa realmente às 10 horas da noite. Usou cocaína, usou crack, ingeriu bebida alcoólica e não se lembrava de mais nada”, completou o delegado.

Uma das pessoas que estava na casa reconheceu o autor e uma das peças de roupas. “Unindo essas informações, essas provas, eu acabei autuando o rapaz pelo crime de latrocino”, afirmou.

PENA
O delegado aponta que o autor está detido na 14ª Subdivisão Policial (SDP) e pode pegar de 20 a 30 anos de prisão pelo crime de latrocínio. Conforme a autoridade, é a maior pena do Código Penal.

*************Reportagem: Daiara Souza, especial para CORREIO

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