Projeto turvense conquista prêmio internacional da ONU

Realizada pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da Organização das Nações Unidas (ONU), a premiação selecionou dez iniciativas inspiradoras

A rede colaborativa Gralha Azul – Turismo e Aventura de Turvo foi a vencedora do “Premio A La Innovación Juvenil Rural”, na categoria Geração de Renda, anunciada nesta quarta-feira (8). 

Realizada pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) da Organização das Nações Unidas (ONU), a premiação selecionou dez iniciativas inspiradoras entre oito temas: Ação Climática, Comunicação e Tecnologia, Conservação, Educação, Geração de Renda, Inclusão Financeira, Segurança Alimentar, e Sustentabilidade.

Com 576 ideias inscritas, entre 20 países, sendo 114 só na categoria Geração de Renda, o objetivo do prêmio é prestigiar projetos liderados por jovens e que expressam a vontade de fazer a diferença nas áreas socioculturais, econômicas e tecnológicas das comunidades rurais. 

A partir de agora as ações serão para capacitar estes grupos, compartilhar este espírito inovador e promover a troca de experiências em outras localidades latinoamericanas e caribenhas, despertando o interesse das novas gerações para a ação solidária e transformadora.

Para isso, os vencedores serão premiados com um curso de verão oferecido pela Universidade EAN (de Bogotá, Colômbia), a gravação de um vídeo sobre o projeto com uma produtora profissional e viagens de intercâmbio previstas para 2021.

A Gralha Azul atua em parceria com mais de 30 famílias rurais e comunidades tradicionais de Turvo, fomentando na região o turismo de base comunitária e a economia circular.

O grupo oferece mais de vinte atividades no município, entre trilhas ecológicas de caminhada e ciclismo, vivências culturais na aldeia indígena Guarani, comunidade quilombola e sítio arqueológico, esportes de aventura como rapel, boia cross, aquatrekking e exploração de cavernas,  refeições típicas e opções de hospedagem. 

Como iniciativa inovadora, leva destaque pelo sistema colaborativo desenvolvido com as comunidades locais, atuando como organizadora das atividades e responsável pelo fluxo turístico, com baixo custo de investimento inicial por parte das famílias.

Um coletivo onde os lucros são compartilhados em equilíbrio de porcentagens gerando renda e estimulando o empoderamento financeiro. Assim, os moradores podem permanecer com suas atividades agrícolas e podem usufruir das estruturas originais de suas propriedades e das tradições culturais como artesanatos, pratos típicos e expressões artísticas para atender os visitantes.