Rede municipal: aulas presenciais dependem da vacinação, diz secretário

A tendência é que, em breve, todo o grupo de cerca de 2,5 mil servidores – entre professores e funcionários – receba a primeira dose da vacina contra Covid-19. A partir da segunda aplicação, as unidades de ensino deverão adotar o sistema híbrido

O secretário de Educação e Cultura de Guarapuava, Pablo Almeida, afirmou em entrevista ao CORREIO nesta segunda-feira (14) que o retorno às aulas presenciais na rede municipal está condicionado à imunização dos profissionais da educação.

A tendência é que, em breve, todo o grupo de cerca de 2,5 mil servidores – entre professores e funcionários – receba a primeira dose (D1) da vacina contra Covid-19. A partir da segunda aplicação (D2), as unidades de ensino deverão adotar o sistema híbrido.

“Nós vamos retomar com o sistema híbrido, assim que nós tivermos um ambiente melhor. Mesmo assim, antes desse retorno, nós vamos discutir tanto com as representações, quanto com os pais dos alunos, os diretores. Estamos fazendo de uma forma muito democrática”, afirmou Pablo, ressaltando que foi uma orientação do prefeito Celso Góes.

Segundo o secretário, a imunização desse grupo de profissionais, pelo menos com a D1, não deve demorar. “Eu acredito que, no máximo com mais uma semana, nós tenhamos, na primeira dose, todos”.

PANDEMIA
Em meio à crise causada pelo novo coronavírus, que há mais de um ano vem afetando a rotina de ensino, Pablo cita o exercício de uma “educação 100% remota” como uma das dificuldades enfrentadas.

No seu ponto de vista, o sistema municipal ainda está se preparando para essa condição, de ensino a distância. “Criando corpo tanto do ponto de vista físico, com a parte de hardware, quanto com os nossos softwares, com a nossa internet, que foi a primeira coisa que começamos a trabalhar”, explica Almeida.

Em relação ao corpo docente e às equipes de gestão, estão sendo feitas palestras e formações. “Na próxima semana a gente também vai trabalhar um projeto novo, que é a formação para gestores de escolas e CMEIs [Centros Municipais de Educação Infantil]”. Os focos serão as áreas administrativa, humana, financeira e pedagógica.

BALANÇO
À frente da Secretaria de Educação e Cultura há praticamente seis meses, Pablo Almeida avalia que a pasta tem atuado em diferentes frentes na “terra do lobo bravo”. Ele destacou o investimento em tecnologia, com cobertura de CMEIs e escolas com internet, aquisição de equipamentos e softwares, e a criação de um projeto de robótica.

“Fizemos uma parceria com a Nasa [a agência espacial norte-americana], nos Estados Unidos, na Flórida. A ideia era ter feito o lançamento, mas estamos aguardando um cenário melhor”, adiantou o titular. “É uma coisa muito bacana, um projeto em que vamos conseguir que as crianças sejam, inclusive, monitoradas pela Nasa”.

Outra novidade é o programa Educação Conectada, da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed), em que escolas de Guarapuava e Campo Mourão vão receber notebooks e tablets. O recurso vem de chamada pública do BNDES, na qual a Secretaria da Educação se inscreveu e teve o projeto selecionado.

“Esses equipamentos não são na totalidade para a nossa rede. Então nós vamos estender esses equipamentos, comprando com recursos próprios. Esse projeto vai ser ampliado por uma iniciativa do município”, disse.

FUTURO
Para o restante deste ano, o planejamento da Secretaria de Educação e cultura prevê o retorno das aulas presenciais e “colocar o trem de volta aos trilhos”, com a viabilização de novos projetos, reforma e construção de escolas, aprimoramento de tecnologias, e investimento em material pedagógico e “material humano”, com formação e valorização dos professores.

Em relação às unidades escolares, Almeida citou a vontade de construir uma escola no local onde está localizada a 14ª Subdivisão Policial (SDP).

“O prefeito Celso Góes nos anunciou que está em tratativas para que aquele local seja retirado ainda este ano e, se isso acontecer, nosso desejo é que seja construída uma escola muito moderna”, afirmou. O intuito é que outra unidade seja viabilizada no bairro Feroz II. “É uma demanda muito grande”.

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