‘Minha bandeira sempre foi a vida e os direitos das mulheres’, diz Spitzner

Recentemente empossada como titular da Procuradoria da Mulher da Câmara de Guarapuava, Bruna Spitzner fala ao CORREIO sobre sua atuação no legislativo

A vereadora Bruna Spitzner (Podemos), que está em seu primeiro mandato na Câmara, assumiu na última quarta-feira (3) a Procuradoria da Mulher de Guarapuava.

É um órgão criado dentro do Legislativo em 2020 e que teve a ex-vereadora Maria José (Podemos) como primeira procuradora.

Em linhas gerais, a entidade segue os moldes da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), cuja titular é a deputada estadual Cristina Silvestri (Cidadania). Ou seja, terá atuação fiscalizatória no município.

Em entrevista concedida ao CORREIO, Bruna Spitzner explica que, neste primeiro ano, buscará estruturar a Procuradoria, que ainda está em processo de instalação.

“É um órgão de fiscalização, além da Câmara. Quer garantir que as leis voltadas para as mulheres sejam realmente cumpridas”, explica a edil, pontuando que também será desenvolvido um trabalho de conscientização na cidade. “E também receber denúncias. Se um órgão não está cumprindo tal lei, a gente vai atrás, vai investigar”.

De acordo com a procuradora, por conta dos projetos e leis estaduais, será mantido um constante contato com a Procuradoria da Alep, além das outras 20 que já foram instaladas em municípios do Paraná.

MANDATO
Dentro do Legislativo de Guarapuava, Bruna é enfática ao dizer que atuará em defesa das mulheres guarapuavanas, nos mais diferentes âmbitos.

“Minha bandeira sempre foi a vida e os direitos das mulheres. Eu deixei isso bem claro na campanha. Mas, também conversei com as pessoas e expliquei que não é o trabalho de uma pessoa, e não é só das mulheres. Precisamos da população, dos homens nessa luta também”.

Inclusive, a vereadora acredita que as pessoas estão compreendendo a importância da legislação que garante direitos e dá suporte à população feminina.

“Ainda estamos em um processo de conquista do nosso lugar na sociedade, sei que estamos no ano de 2021, mas ainda tem muito para fazer”, dizendo que a Procuradoria busca garantir esses avanços. “Todos os dias a gente percebe que, mesmo falando tanto, as coisas ainda acontecem: a discriminação, os feminicídios, a violência”.

Há pouco mais de 30 dias atuando na Câmara, Bruna relata que está se ambientando com o trabalho legislativo (Foto: Cristiano Martinez/Correio)

TRABALHO
Há pouco mais de 30 dias atuando na Câmara, Bruna relata que está se ambientando com o trabalho legislativo e que tem mantido conversas com os secretários municipais. O próximo passo será protocolar requerimentos e projetos na Casa de Leis.

“Nas conversas com os secretários, a gente já leva todas as demandas que chegam, a gente já cobra deles uma resposta, principalmente na parte de infraestrutura, questão de obras. O secretário Samuel [de Viação, Obras e Serviços Urbanos] tem sido muito atencioso com a gente, atendendo sempre que possível”, conta.

MARCO
Na avaliação de Bruna Spitzner, a criação da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, ocorrida em 2013, foi um marco em Guarapuava.

“O trabalho dela hoje [Eva Schran, primeira titular da pasta] é referência no Paraná. Somos uma cidade referência no combate à violência”.

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