‘Arrecadação do município caiu muito’, diz prefeito de Santa Maria

Em entrevista ao CORREIO, o prefeito de Santa Maria do Oeste, José Reinoldo Oliveira, e o secretário de Saúde, Clóvis Novacoski, falam sobre o impacto e a prevenção ao coronavírus

Com dois casos confirmados de covid-19 e ocorrências em investigação, Santa Maria do Oeste está começando a conviver com o coronavírus. A cidade até três semanas atrás não possuía casos positivos da doença.

O prefeito José Reinoldo Oliveira falou à reportagem do CORREIO sobre o impacto do vírus no município.

“Infelizmente, as obras do governo federal que a gente tinha em andamento pararam. Estamos esperando a liberação. O município tem um IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] muito baixo, não temos recursos próprios e depende muito do Governo do Estado e do governo federal para que dê continuidade nas obras”, explica Reinoldo.

Outro fator é a queda na arrecadação do município. Segundo o prefeito, a perda foi de pelo menos R$ 700 mil por mês.

“Caiu muito a arrecadação do município, e a despesa continua a mesma. Claro que a gente não culpa ninguém. A gente continua trabalhando com o recurso que a gente tem”, afirma.

SAÚDE
Também ao CORREIO, o secretário de Saúde, Clóvis Novacoski, fala sobre as atividades da equipe de saúde no combate ao coronavírus.

Conforme o secretário, ações estão sendo desenvolvidas no comércio. “A vigilância e a epidemiologia fazem distribuição de máscaras nos comércios. De repente chega alguém que não tenha, é feita a distribuição, e também vamos fazer uma blitz para orientação”, conta.

Ele lembra que, apesar da equipe estar preparada e com estrutura para atender possíveis casos, a população precisa fazer sua parte.

“[É recomendado o] uso de máscara, evitar sair várias vezes… Nós não podemos ir na casa da pessoa e segurar ela dentro de casa. É a consciência de fazer sua parte também”.

O secretário de Saúde, Clóvis Novacoski, fala sobre as atividades da equipe de saúde no combate ao coronavírus (Foto: Douglas Kuspiosz/Correio)

TRIAGEM
De acordo com a enfermeira responsável pelo setor de epidemiologia, Mariely Pereira Moreira, a partir do momento em que o paciente chega com sintomas em algumas das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade, é avaliado o seu histórico.

“Quanto tempo de sintomas, se estão apresentados os sintomas e se está apto a coletar o exame naquele dia”, relata.

A enfermeira conta que uma alternativa foi encontrada para evitar o contato entre as pessoas e evitar aglomerações. “A partir de agora, que está começando a surgir mais casos, vamos começar a coletar à noite, que é um período que não tem outros tipos de pacientes”, diz.

Até esta quinta-feira (16), o município registrava dois casos confirmados de coronavírus e 14 em investigação. Outros 49 casos foram descartados com exame negativo para covid-19.