‘Tivemos que mudar tudo, começar do zero’, diz técnico do CAD

Em entrevista ao CORREIO, professor Baiano explica como tem sido a retomada de atividades da equipe após uma parada forçada de quatro meses, por conta da covid-19. Nesta semana, jogadores e comissão técnica reiniciaram o trabalho da temporada de 2020

Recomeço. Este é o espírito do Clube Atlético Deportivo (CAD)/Guarapuava em sua retomada, após uma parada forçada de quatro meses em função da pandemia do novo coronavírus. O clube reiniciou o trabalho da temporada de 2020.

Nesta semana, jogadores e comissão técnica retornaram com suas atividades no Ginásio Joaquim Prestes, o Joaquinzão. Tudo seguindo os protocolos de saúde: uso de máscaras e álcool gel, distanciamento social e aferição da temperatura.

Mas num contexto peculiar. Segundo o técnico Baiano, a equipe perdeu seis peças e a comissão técnica ficou sem seu preparador de goleiros. “Tivemos que mudar tudo, começar do zero”, diz, em entrevista ao CORREIO, destacando que a parada impactou, por exemplo, a parte tática.

Ele recorda que a equipe guarapuavana estava bem equilibrada no início do ano, tanto em treinos quanto em jogos amistosos. “Mas com a saída de alguns jogadores, dificultou ainda mais essa questão do tempo de trabalho”.

Nesse contexto, foi necessária a chegada de alguns meninos da cidade, oriundos do Sub-17 e dos Jogos da Juventude, a fim de participarem do grupo. “Se tiver condição, vão ser mantidos. Se não tiver, vão ser dispensados”, informa o técnico.

Inclusive, a diretoria do CAD anunciou recentemente o retorno de um prata da casa. “O [ala] Traiano veio numa situação em que ele não estava legal em Marechal e nós precisando de jogador. A gente acabou acertando com ele”, explica o treinador.

E os atletas que retornaram da paralisação voltaram bem no aspecto físico, em sua maioria. O preparador físico Paulo Henrique, o PH, coordena os treinos nesse segmento. “O Paulo está colocando em forma”, avalia Baiano, explicando que o biótipo padrão dos jogadores de futsal já prepara para o jogo.

Atividade no Ginásio Joaquim Prestes, o Joaquinzão (Foto: Lucas Herdt/Correio)

PRATA
Diante de um elenco reduzido, Baiano se preocupa com a maratona de jogos que se iniciará no próximo dia 22. Segundo ele, a perda de um jogador por cartão ou lesão vai fazer muita falta à equipe.

O professor avalia que a participação na Série Prata 2020 será com os pés no chão, tentando “sobreviver” em meio à crise provocada pela pandemia e pensar no acesso somente em 2021. Mas isso não quer dizer que o CAD deixará de lutar este ano, afinal, é um Time de Guerreiros.

“A gente está brigando para classificar na 1ª fase. Depois da classificação, vamos ver como é que vai ser”, detalhando que a tabela ficou ruim para o clube, com quatro jogos em casa e cinco fora.

PROGRAMAÇÃO
O professor explica que, nesta primeira semana, o trabalho será focado na preparação física. “Mas temos que dar ênfase ao trabalho com bola e vamos começar a partir de sábado, porque a partir do dia 22 já começa a competição”. O Time de Guerreiros estreará fora de casa, contra o São Miguel, em São Miguel do Iguaçu, no Ginásio Joelson Marcelino, às 20h30.

Baiano destaca também que, nessas duas semanas antes da primeira rodada, os treinamentos serão técnico, tático e coletivo. As atividades também serão utilizadas para conhecer os novos jogadores e montar uma equipe que possa jogar de igual para igual contra o primeiro adversário.