Estádio Waldomiro Gelinski completa um ano sem torcida nos jogos do Batel

Segundo levantamento do CORREIO, a última partida com presença do público batelino nas arquibancadas do WG ocorreu em 15 de março de 2020, durante amistoso preparatório contra a Aprovale Jordão. Naquele momento, a equipe rubro-negra vivia a expectativa de estrear na 2ª Divisão

São 365 dias de jejum. Desde março de 2020, o torcedor guarapuavano não sabe o que é assistir a um jogo da Associação Atlética Batel no lendário Waldomiro Gelinski (WG). Tudo por causa da pandemia de Covid-19 que obrigou ao veto de torcida nos estádios brasileiros.

No levantamento do CORREIO, feito a partir dos arquivos do jornal e do perfil oficial do Batel no Facebook, a última vez que o Rubro-Negro da Baixada teve presença de público nas arquibancadas do WG foi em 15 de março do ano passado, um domingo de sol a pino, durante amistoso da pré-temporada. O adversário era a Aprovale Jordão.

Logo depois daquele jogo, o mundo esportivo foi paralisado, com anúncios da suspensão de suas atividades em todo o Brasil. Campeonatos estaduais da 1ª Divisão tiveram suas partidas suspensas, retornando apenas no segundo semestre de 2020 com rodadas sem torcida.

O Batel participou do Paranaense da 2ª Divisão a partir de setembro, com o empate em 1 a 1 contra o Rolândia Esporte Clube (REC), em casa, pela 1ª rodada da 1ª fase. Esse jogo ocorreu no Waldomiro Gelinski, mas sem o apoio dos torcedores, que não puderam entrar. Aliás, até hoje as competições estão ocorrendo sem torcida.

Mas, em março de 2020, o Rubro-Negro estava em pré-temporada, sob o comando do técnico Davi Lima. O amistoso contra a Aprovale era o primeiro grande teste nesse período de preparação, com perspectiva de início da Segundona em abril daquele ano. Era para o Batel estrear em 5 de abril, diante do mesmo REC.

Reportagem do CORREIO, publicada na edição impressa de 13 de março, tinha informações apuradas com o então técnico Lima, que disse que o Batel iria a campo com uma formação jovem para esse duelo contra a equipe do Jordão.

O time batelino encontrou dificuldades diante de uma Aprovale aguerrida. A reportagem acompanhou o embate, que terminou em 1 a 1, e testemunhou um Davi Lima muito estressado com seus jogadores. Em entrevista ao jornal naquele dia, o comandante afirmou que não ficou satisfeito com o rendimento de seus comandados.

Nas arquibancadas, a torcida rubro-negra compareceu em pequeno número. Porém, fez bastante barulho e cobrou desempenho dos atletas.

Jogo terminou empatado. O Batel era dirigido pelo técnico Davi Lima que, com a paralisação, acabou saindo do clube (Foto: Arquivo/Correio)

SEQUÊNCIA
No dia 19 de março de 2020, a edição impressa do CORREIO trazia a notícia de que a Superintendência Geral do Esporte suspendia todo o seu calendário de jogos e eventos por tempo indeterminado, conforme orientações presentes no Decreto nº 4230/2020 do Governo do Estado, que visa conter o avanço do coronavírus.

Na esteira dessa medida, a Federação Paranaense de Futebol de Salão (FPFS) também suspendia suas competições em 2020. Com isso, o calendário de atividades do Clube Atlético Deportivo (CAD) era interrompido.

No dia seguinte, o jornal divulgava que, após suspender a Primeira Divisão de profissionais, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) estendeu essa medida para a popular Divisão de Acesso. Ou seja, o Batel não mais jogaria oficialmente em 5 de abril de 2020, voltando a campo somente em setembro, mas sem torcida no estádio.

Desse modo, o planejamento batelino teve de ser modificado e a principal baixa naquela época foi a saída do técnico Davi Lima, que comandou treinos e dirigiu o Batel apenas no amistoso contra a Aprovale.

Até o retorno dos treinos e jogos, o Rubro-Negro lançou mão de estratégias nas redes sociais para movimentar sua torcida.

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