Por reabertura do comércio, empresários fazem ‘buzinaço’ em Guarapuava

Em Guarapuava, um buzinaço na noite desta quinta-feira (26) reuniu cerca de 200 veículos no entorno do Paço Municipal, tendo a volta das atividades comerciais como pauta

A classe empresarial de todo o Brasil vem fazendo, nos últimos dias, carreatas em várias cidades reivindicando a reabertura da economia, que está estagnada devido às medidas de prevenção ao novo coronavírus.

Em Guarapuava, um buzinaço na noite desta quinta-feira (26) reuniu cerca de 200 veículos no entorno do Paço Municipal, tendo a volta das atividades comerciais como pauta.

Ao CORREIO, o empresário Adriano Rosetti, proprietário do posto de combustíveis Brasil Master e diretor do SindiCombustíveis-PR, explica que seu segmento está sendo bastante abalado pela crise, o que motivou a manifestação.

Além disso, ele afirma que muitos empresários não concordaram com a data estipulada pela administração para o retorno gradual do comércio, a partir de 6 de abril. “Nós achamos que quem demora, já tendo todas as informações, causa mais polêmica e transtorno”, afirma.

Na visão do empresário, atualmente já estão disponíveis dados sobre os efeitos do vírus e sua propagação, coisa que não ocorreu na Itália, por exemplo, um dos países mais afetados pela doença na Europa. “Hoje temos informações da China e Índia, e toda essa parametrização de informações”, acrescentando que “99% das pessoas não falecem devido ao vírus”.

Dessa forma, Adriano acredita que Guarapuava deveria seguir os passos de outros municípios que já sinalizaram a abertura da economia, para evitar consequências financeiras no futuro.

VOLTA
De acordo com Rosetti, acompanhando as medidas de prevenção e cuidados, o comércio deveria voltar a abrir no máximo até a próxima terça-feira (31 março), “de maneira ordeira e fracional”, já que os mais afetados são, justamente, os trabalhadores.

“É importante dizer que só tem que existir retomada imediata quando estiver completamente claro o que significa isolamento de idosos e pessoas com patologias comprometedoras”, acrescentando que o Estado deveria, inclusive, custear a habitação dessas pessoas, caso haja convivência com quem venha a interromper a quarentena. “É clara e nítida a urgência dessas pessoas reclusas imediatamente”.

Adriano adianta que não há necessidade de outros buzinaços caso a solicitação da classe empresarial seja atendida. “É uma solicitação legítima de um povo que sempre foi trabalhador, que quer reativar suas atividades”, finaliza.