Não há previsão de rodízio ou racionamento de água em Guarapuava, diz Sanepar

Respondendo questionamentos encaminhados pelo CORREIO, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) esclarece que a cidade não está passando por dificuldades de abastecimento; contudo, ressalta a gravidade da estiagem

A partir de um decreto estadual, que estabeleceu o estado de emergência hídrica no Paraná, o CORREIO procurou a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) para tratar do abastecimento de água em Guarapuava.

Mesmo com algumas chuvas localizadas que caíram na última semana, a região do município passa por um longo período de estiagem.

Respondendo aos questionamentos da reportagem, a Sanepar, através de sua assessoria, explica que, mesmo com o tempo seco, a “terra do lobo bravo” ainda não tem dificuldades no abastecimento.

O Rio das Pedras, que é o manancial da cidade, mantém níveis baixos, mas opera normalmente. “As chuvas ocorridas influenciaram discretamente no nível do rio”, destacando que a população deve fazer uso consciente da água potável. “Alguns rios da região estão em estado crítico pela falta de chuvas”.

Em contrapartida aos municípios da Região Metropolitana de Curitiba, por exemplo, a companhia ressalta que não há previsão para rodízio ou racionamento de água em Guarapuava, mesmo que a estiagem continue.

“Mas é muito importante e a Sanepar reforça à população que não desperdice água e ajude a preservar esse recurso, que é finito e bastante escasso”, pontua a empresa.

(Foto: Assessoria)

ESTIAGEM
Segundo a Sanepar, dados do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) dão conta que a estiagem vivida neste ano é uma das piores das últimas décadas.

“O outono e o inverno geralmente são meses menos chuvosos, e o Simepar prevê que, este ano, essas estações sejam ainda mais secas do que o normal”, acrescenta.

RECOMENDAÇÕES
Em meio à falta de chuvas, a companhia reforça que devem ser evitadas quaisquer atividades que causem desperdício do recurso. Lavar pisos e calçadas com mangueira, por exemplo, precisam ser retiradas da rotina dos guarapuavanos.

Nesse sentido, o momento é propício para adotar novos hábitos que dialogam com um consumo mais inteligente: reutilizar a água de enxágue de roupas, evitar o uso de mangueiras para lavar o carro e não deixar a torneira aberta enquanto lava a louça e escova dos dentes, por exemplo, são algumas ações que contribuem para a economia de água.

CONSUMO
Ao CORREIO, a Sanepar informa que houve uma inversão no padrão de consumo em Guarapuava com a chegada da covid-19: o isolamento social gerou um aumento no gasto residencial e reduziu o comercial/industrial.

Na prática, isso é evidenciado pelo consumo na última semana de março, quando começaram as medidas mais duras de prevenção ao novo coronavírus e a distribuição girou em torno de 28.920 m³ diariamente.

Na primeira semana de abril, esse consumo diário foi de 23.785 m³ diários.