Hospital Regional deve ser entregue em 40 dias, diz governador
Em uma visita à unidade nesta terça-feira (14), Ratinho Jr. adiantou que dois andares serão utilizados para o combate ao novo coronavírus, com uma estrutura que contará com 20 leitos de UTI e 80 de enfermaria
O governador Carlos Massa Ratinho Jr. visitou a estrutura do Hospital Regional de Guarapuava na manhã desta terça-feira (14 abril), e falou sobre o andamento das obras da unidade e a previsão para o início das atividades.
A princípio, o local deve ser entregue em 40 dias, já que há uma grande movimentação para finalizar as obras – a última previsão era dezembro deste ano. Esse adiantamento ocorreu devido à pandemia do novo coronavírus, que já vitimou mais de 30 pessoas no Paraná. A “terra do lobo bravo” tem um caso confirmado da doença.
De acordo com Ratinho Jr., em um primeiro momento serão utilizados dois andares do prédio para atendimentos focados na covid-19. “Nós fizemos uma força-tarefa para que esse hospital possa ser entregue em 40 dias”, citando ainda as obras do HR de Ivaiporã e a mobilização para inaugurar a unidade de Telêmaco Borba.
O governador adiantou que o HR de Guarapuava contará com 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 80 de enfermaria. “Vamos dar uma robustez para o enfrentamento ao coronavírus”.
“Guarapuava já é esse polo na região central do estado, mas com esse reforço do hospital que estamos trabalhando para entregar nos próximos dias, vai ganhar também essa musculatura na área da saúde”, acrescentou Ratinho Jr.
A tendência é que a unidade de saúde passe a atender de forma integral – ou seja, não focada apenas nos casos de coronavírus – assim que a pandemia regredir.
PROFISSIONAIS
Também presente na visita ao HR, o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, disse que o governo quer atrair entidades filantrópicas para a gestão dos hospitais nos três municípios.
“Assim que a obra finalizar, nós queremos trazer uma entidade que vai ser escolhida diante de um certame licitatório, para que venha compor conosco em Guarapuava, uma outra em Ivaiporã, e outra em Telêmaco Borba”, explicou.
IMPACTO
O governador ressaltou que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas porque o novo coronavírus ainda não chegou a seu pico no Paraná.
A recomendação do isolamento social e a diminuição das atividades comerciais, segundo ele, são formas de evitar que o vírus se propague na mesma velocidade que locais como a Itália, Espanha e Nova York.
“Nós estamos fazendo isso para que dê tempo que todo nosso sistema esteja organizado para atender as pessoas da melhor forma possível, e salvar o máximo de vidas possível”, projetando que o maior volume de contágios deve ocorrer entre maio e junho.
Inclusive, Beto Preto disse que o governo prevê que 10 a 30 mil paranaenses sejam infectados, e que o isolamento social é o tratamento mais eficaz no momento.
REGIÃO
A construção do HR de Guarapuava vem com a proposta de expandir as possibilidades de atendimentos em uma região que inclui municípios como Pinhão e Turvo.
Essa descentralização, segundo o governador, é um dos focos de sua gestão na área da saúde, e que visa diminuir as distâncias percorridas pelos pacientes.
ECONOMIA
Um estudo feito pelo professor Umberto Antonio Sesso Filho, do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), aponta que nas três semanas de quarentena o Paraná pode perder aproximadamente 60 mil postos formais de trabalho.
Questionado sobre o assunto, o governador disse que devem ocorrer alguns prejuízos no setor privado e que a administração estadual está trabalhando para minimizar o impacto. A liberação de R$ 1 bilhão para micro e pequenas empresas, explicou, é um exemplo.
“Eu acredito muito na retomada, o Paraná é muito forte… nossa agricultura bateu recorde agora em volume de produção de soja, não paralisamos o setor de produção de alimentos, nossas indústrias estão trabalhando. Eu acredito que quando começar a ter essa curva de diminuição de casos e começar a voltar à normalidade, esses postos rapidamente voltarão a ser ocupados”, citando o projeto Paraná Recupera, que visa, em meados de agosto, uma injeção de investimentos por parte do Estado.