Na região de Guarapuava, cerca de 45% da área de soja está plantada

A informação foi repassada ao CORREIO pelo técnico do Deral, Dirlei Antonio Manfio, que destaca o avanço do plantio da principal cultura da região; grãos de inverno como cevada e trigo acabaram sendo afetados pela estiagem

A safra de inverno na região de Guarapuava, com as culturas de cevada e trigo, já está com colheita avançada e deve ser finalizada entre os meses de outubro e novembro.

Nesse ponto, já são perceptíveis alguns resultados que devem impactar nos números finais.

Em entrevista ao CORREIO, o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), Dirlei Antonio Manfio, explica que a estiagem em meses passados acabou afetando esses grãos.

No que diz respeito à cevada, o técnico pontua que as perdas podem girar em torno de 7% na produtividade média. Eram esperados pouco mais de 5 mil kg por hectare, mas estão sendo colhidos 4.670 kg por hectare.

A nível estadual, Guarapuava tem uma expressiva participação na produção desse grão. Não à toa, é responsável por 60% de tudo que é produzido de cevada no Paraná, com uma área de 38 mil hectares em 2020, quase idêntica à do ano passado.

“Além de Guarapuava, que é a maior, a região de Ponta Grossa tem cerca de 24% [da produção estadual]. O resto é tudo ‘picadinho’. Tem um pouco de cevada em União da Vitória, Pitanga, Pato Branco, Irati e Curitiba”, afirmou Manfio em entrevista concedida à reportagem em julho deste ano, quando destacou o otimismo com a safra.

TRIGO
Já a produção do trigo deve ter uma perda da ordem de 10%, pois a produtividade estimada era de 4,2 mil kg por hectare e, até o momento, está sendo colhida uma média de 3,75 mil kg por hectare. “É por causa da seca. Mas, nós temos áreas muito boas, que possivelmente vão estar acima da média”, destaca o técnico.

A área desse grão fica na casa dos 54 mil hectares na região de Guarapuava e a colheita, ao que tudo indica, deve ser finalizada entre 20 e 25 de novembro.

VERÃO
Enquanto a safra de inverno está sendo colhida, os produtores estão voltando a atenção para as culturas de verão.

O plantio do milho foi adiantado sobretudo pelos agricultores mais tecnificados e está praticamente finalizado. As lavouras de subsistência devem se estender até os últimos dias de outubro e os primeiros de novembro.

Nesta safra, o potencial produtivo do milho é de 10,8 mil kg por hectare; já a soja, que é o principal produto da região, tem uma estimativa de 3,9 mil kg por hectare.

Inclusive, Manfio destaca que, até esta segunda-feira (26), de 44% a 45% da área total da soja já havia sido plantada, num avanço em comparação com anos anteriores.

“O produtor está adiantando um pouco o plantio com medo da falta de chuvas depois”, diz o técnico do Deral, destacando o grande volume acumulado em outubro.

COLHEITA
Com o plantio das culturas de verão já bem encaminhado, a previsão é que a colheita de milho comece em fevereiro e se estenda até maio de 2021. “Em abril praticamente é a concentração da colheita nossa, de março para abril”, acrescentando que a de soja fica entre os meses de março, abril e maio.

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