Colheita das lavouras de soja e milho estão em fase final na região de Guarapuava

Em entrevista concedida ao CORREIO, o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), Dirlei Antonio Manfio, explica que a colheita da soja avançou na última semana; produção deve cair em relação ao ano passado

A colheita das safras de soja e milho na região de Guarapuava estão em fase final nesta segunda semana de abril. Os produtores aproveitaram o tempo estável dos últimos dias para avançar nas lavouras do primeiro grão, que é um dos principais produtos agrícolas.

Em entrevista concedida ao CORREIO, o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), Dirlei Antonio Manfio, que atua no Núcleo Regional da Secretaria de Estado de Abastecimento e Agricultura (Seab), explica que a colheita das duas culturas está na casa dos 95% em toda a região – que, além de Guarapuava, o núcleo abrange os municípios de Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Pinhão, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu e Turvo.

“O milho estava um pouco para frente. Mas, nessa última semana, o pessoal deu preferência para a soja. Então a soja passou bastante nessa última semana, que faz dias que não chove. Está bastante parelho”, acrescentando que a colheita do milho, principalmente o de subsistência, pode demorar um pouco mais.

RESULTADO
De modo geral, o técnico do Deral avalia que vai ocorrer uma queda na produção desta safra em relação à do ano passado. A produtividade da soja, que ficou em 4,050 mil kg/ha em 2020, e deve fechar em aproximadamente 3,4 mil kg/ha – uma redução da ordem de 15%.

A falta de chuva em fevereiro e março deste ano, e doenças que atingiram as lavouras, acabaram por afetar o rendimento na região. “No milho foi bastante cigarrinha e na soja foi muito mofo branco. Isso aí, além do fator climático, teve os fatores sanitários, patológicos, que acabaram afetando também”.

PREÇOS
Se por um lado é esperada uma safra inferior à de 2020, por outro os preços das duas culturas trazem otimismo para o agricultor. “Nunca esteve tão bom quanto agora”, frisa Manfio, citando uma média de R$ 160 na saca de soja e R$ 90 na de milho.

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